domingo, 28 de março de 2010

Brigadeiro, uma deliciosa história brasileira



Por Letícia Vieira

O brigadeiro, doce típico do nosso país, tem uma história política. Para quem não sabia, esse docinho feito da mistura de leite condensado, margarina e chocolate em pó, nasceu em meio às eleições políticas.

A disputa pela presidência da República se dava entre Eurico Gaspar Dutra e o Brigadeiro da Aeronáutica Eduardo Gomes. O Brigadeiro, mesmo sendo homem importante na época, um dos líderes do tenentismo e até fundador do Correio Aéreo nacional, acabou sendo derrotado nas urnas. Porém ele não desistiu, e em 1950 disputou novamente as eleições presidenciais, mas dessa vez com Getúlio Vargas. Seu slogan eleitoral, que dizia: “Vote no Brigadeiro, que é bonito e solteiro”, não lhe rendeu muitos votos, mas maravilhou as mulheres da época, já que Dutra e Getúlio não eram dotados de muita beleza.

Assim, algumas histórias sobre o doce brigadeiro surgiram. A mais famosa conta que as mulheres cariocas, empenhadas na campanha de Eduardo Gomes, faziam o doce, antes chamado de negrinho por conta de sua cor, e vendiam com o nome de brigadeiro em homenagem ao político, para arrecadar dinheiro para sua campanha. Apesar dessa história se passar no Rio de Janeiro, há muitas evidências de que o doce, sem o nome “brigadeiro”, tenha surgido em São Paulo entre as décadas de 20 e 30, pois seus ingredientes básicos eram feitos no estado.

Hoje, tradicionalmente, o doce é muito apreciado em festas, principalmente infantis, logo depois da “hora do Parabéns” e junto com o bolo de aniversário.

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